Caos

Procuro o abraço não presente
Lamentando o que nada fiz
Sentir a solidão a chegar-se
E a paixão a desvanecer
Inferno de sentimento
Gerado por mágoas distorcidas
Por pensamentos naufragados neste mar de emoções
Que geram conflitos e estranhas sensações

Uma triste perspectiva a preto e branco
De um rio de cores que sobressaltam a minha alma
Uma mágoa incandescente de tortura e de persistência
Que não pára de me humilhar
Também a sentir uma ternura entre sorrisos
Numa leve brisa da tua imagem
Que trazem pensamentos positivos
Que deixam esta dor à margem

De mão dada com um turbilhão de dor
Que me afeta a maldita consciência
E que me permite bem vislumbrar
A extrema saudade na tua ausência

Acabou o riso e a tristeza
Acabou o desepero e alegria
Ficou a mágoa e incerteza
A loucura do novo dia

Loucura do passado
De uma amizade nunca existente
Vivendo o dia de hoje
Numa paixão sempre presente

Caos nesta mente perturbada
Num pesadelo que se torna real
Quando o sonho morre no esquecimento
Num contronto que acaba sempre mal

Ambas as almas perdidas
Que colidem sempre que se aproximam
À procura de algum conforto
Que por muito que procurem nunca encontrarão

Caos no início e caos no fim
Enfim,
Tudo o que começa deverá acabar
Mas será que começou? E porque tem que terminar?

Avançando a passos lentos
Sem olhar para trás
Mas com um espelho da vida de frente para nós
Relembrando-nos de situações más

Não queremos recuar,
Pois a dita vida é em frente
Só resta mesmo parar de amar
Para viver com algum alento

É impossível ter um pensamento sóbrio
Neste caos que nos envolve
Pois tudo é estranho e amargo
Que nos atira para baixo e nos comove

Carência e desespero
Confiança e liberdade
Mágoa e tristeza
Alegria e esperança
Dor e afilção
Paixão e felicidade
Sorrisos e gargalhadas
Lágrimas e depressões
Saudades, loucura, amor e ternura
Num caos que veio para ficar e que perdura...